Donald Trump, O Apocalipse.
Sei que muitos dos ditos conservadores andam felizes com os rumos tomados pelo novo governo americano. É o momento da vingança, do outro lado. Desde os anos 80 vivemos a apoteose do liberalismo, o fim das regras morais, a nova humanidade técnica e científica, que disseram ser o fim da história. Mas na sombra dormia essa imensa força, esse ser vulcânico. Durante 2000 anos ele esperou, paciente, seu momento, sua volta, e agora começa a sair de seu isolamento para, mais uma vez, dominar o mundo.
Tolkien nos deu Melkor, o titã monstruoso das sombras. Sauron é seu servo leal, um ser que ama a técnica, o ferro, a indústria... Mas Sauron não foi o único que sucumbiu: Sarumam, o Branco, também o fez. E o que levou um ser tão sábio como o Mago Branco a cair tão baixo? Não foi a devassidão, não foi o amor ao caos, mas justamente o apego a ordem, a vontade de governar o mundo para o bem, através da força.
No apocalipse vemos a revelação final do Reino, mas antes nos é mostrado a batalha imensa entre Cristo e seu nêmeses. E quem é o esse, que São Paulo chama o filho da perdição? É aquele que se assenta na cidade prostituta, dos 7 montes, e recebe ajuda do falso profeta, do Dragão (satanás) e marca a todos na mão e nas testas, com o número 666. Tal número aparece uma vez no velho testamento, é o número do ouro que Salomão recebe após construir o Templo. A cidade dos sete montes, que muitos remontam a Roma, é Jerusalém, que se prostituiu e bebeu o sangue dos profetas. E quem é o falso profeta? Alguém que traz a mensagem do falso Deus, por óbvio. Não nos é dito, em nenhuma passagem, que o Reino do anticristo é um reino devasso, sem deus, sem fé. É nos dito que ele surge após essas coisas.
Na verdade, o anticristo é a volta da Lei, a volta do templo, da antiga aliança, é o retorno de Jeová e, por isso mesmo, a morte de Cristo. Isso é o que representa Trump, ele não é conservador: é um mensageiro do antigo Deus, que retorna cheio de ciúme, para combater o cordeiro. Trump prenuncia o fim do mundo, pelo menos do mundo cristão, que ainda resiste (e permanecerá, até a vitória) nas catacumbas. O governo dele será moralista, pentecostal, sionista e antiliberal, mas isso é o passo necessário para a ascensão de Satanás.
Trump, nesse sentido, é uma prefiguração do momento final, é escatológico. Muitos o seguirão, muitos o chamarão escolhido e mensageiro de Deus, mas porquê seus olhos foram cegados pela luz do liberalismo woke, e cairão nas trevas da sombra do esplendor dos tempos.
O mundo pagará o preço por sua loucura liberal, e esse preço é a boca de jeová, encarnada em Trump. Que cristo tenha piedade de nós.