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Raphael Machado
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07.05.202518:47
https://www.youtube.com/watch?v=33n5vLN67qc

Estive ontem na Telesur para comentar sobre o cessar-fogo entre EUA e Iêmen.
07.05.202515:13
https://rt.rs/opinion/boris-nad/140503-boris-nad-intervju-rafael-macado/

Há alguns dias dei uma entrevista por escrito para a seção balcânica da RT, abordando diversos tópicos que concernem os conflitos mundiais atuais.
06.05.202522:34
https://youtube.com/live/nqpeu9Ejwhk

Já venham com a gente que eu e Rubão faremos o acompanhamento do conflito Índia-Paquistão.
05.05.202500:38
Nesses 3 conhecimentos transmitidos pelo cão ao homem, em conformidade com o mito, a filosofia e a história, quais sejam: 1) A apresentação da morte; 2) O ensino da lealdade; 3) O ensino político-filosófico - é onde podemos encontrar o propósito fundamental do cão em seu longo percurso junto ao homem.
02.05.202516:16
Fim da escala 6x1 sem garantia de manutenção do salário é pilantragem para tornar o trabalhador ainda mais dependente de benefícios sociais abrindo o caminho para a Renda Básica Universal.

Em outras palavras, o objetivo é tornar o trabalhador mais controlável.
Secretaria Geral de Defesa e da Segurança Nacional da França publicou um relatório acusando a minha nobre pessoa e ao Lucas Leiroz de sermos "agentes" de uma tal "Operação Storm-1516".

Eu não sei do que se trata, mas Storm-1516 daria um ótimo nome de banda de black metal.

Link: https://www.sgdsn.gouv.fr/files/files/Publications/20250507_TLP-CLEAR_NP_SGDSN_VIGINUM_Technical%20report_Storm-1516.pdf
07.05.202515:05
https://actualidad.rt.com/actualidad/548988-reportan-pakistan-lanza-ataque-represalia

Estive ontem na RT para comentar sobre o conflito Índia-Paquistão.
06.05.202519:13
Houellebecq começa muito bem o ensaio sobre Lovecraft.

Vou concordar, o meu limite de tolerância para o realismo - no cinema ou na literatura - é muito baixo. Já vivo na realidade todos os dias, não preciso de mais do mesmo.
05.05.202500:38
2) Ele ensina ao homem a virtude da lealdade. De um modo geral, o homem aprende por imitação, por mimesis. É assim que ele absorve tanto as virtudes quanto os vícios, e ele o faz não apenas de outros homens, mas observando a natureza inanimada e os animais. Seria ingenuidade acreditar, portanto, dada a importância histórica do cão, que o homem não o observaria como exemplo de determinadas virtudes, a lealdade sendo a mais notória e clássica delas.

Quando o cão constrói um vínculo trata-se de um serviço que será prestado até a morte e pelo qual o cão arriscará a própria vida, sem calcular as consequências. A história já mencionada do cão Argos não está à toa na Odisseia (livro do qual - junto com a Ilíada - os gregos deduziam suas virtudes e sua ética). Ulisses passa 20 anos longe de casa, quando ele retorna, disfarçado, para recuperar o seu oikos ("lar"), Argos é o único que o reconhece imediatamente. Ulisses não pode esboçar reconhecimento sob pena de trair seu disfarce e passa direto. Argos, então, morre aos 25 anos, depois de passar 20 anos aguardando fielmente seu mestre voltar pra casa.

Uma história interessante aparece no clímax do Mahabharata indiano, quando o rei Yudhisthira e seus irmãos iniciam o caminho do Monte Meru rumo a Svarga, o Céu, após o fim de todas as suas atribulações e da Batalha de Kurukshetra. No início da jornada um cão faz amizade com Yudhisthira e começa a acompanhá-los. Ao longo da jornada longa e difícil, todos os irmãos e a esposa de Yudhisthira morrem, restando com ele apenas o cão. Ao final do percurso, o deus Indra convida Yudhisthira a adentrar os Céus, desde que ele abandone o cão. O rei se recusa, dizendo que, enquanto rei, não podia tratar com deslealdade um animal que havia sido tão leal a ele. Indra ameaça Yudhisthira com Naraka (o Inferno), mas o rei insiste na recusa, quando então o cão revela-se como Dharma (a Lei/Dever/Caminho), e ele então é recebido no Céu.

Também é conhecido o jogo de palavras que envolve o nome da Ordem Dominicana, uma das mais notórias e importantes ordens monásticas surgidas na Idade Média. "Domini canes", ou "cães do Senhor". Uma associação fácil de fazer por motivos fonéticos, mas que historicamente também foi recordado como uma alusão à lealdade dos monges dominicanos.

Para o homem, portanto, o cão sempre foi sinônimo de lealdade, e quando o homem pensa em lealdade, ele quase sempre a retrata ou interpreta sob a forma do cão.

3) Ele ensina a importância de distinguir amigos de inimigos (e, assim, ensina filosofia). Uma das passagens mais famosas da "República" de Platão se dá quando Sócrates, no Livro II, começa a convencer seus interlocutores de que o cão é, na verdade, um filósofo. O critério usado por Sócrates é muito simples: o cão é o único ser que, de forma mais imediata e perfeita, distingue amigo e inimigo por um ato direto de conhecimento/ignorância.

Segundo Sócrates, portanto, os filósofos devem se espelhar nos cães, porque uma de suas tarefas primárias seria precisamente a de aprender a distinguir o próprio do impróprio, o adequado do inadequado, o amistoso do hostil, o "nós" do "eles", no que concerne todas as coisas e interesses da pólis. E ele deve fazê-lo a partir do conhecimento.

O Guardião da República, assim, é comparado ao cão no que concerne as virtudes que se espera dele, e que vão da sabedoria e do amor pelo conhecimento à preferência pelo que é "próprio/familiar", passando pela lealdade ao que é "seu".

Em certo sentido, ainda, poderíamos acrescentar que nos termos pelos quais o cão é descrito pelo Sócrates platônico, ele não é apenas o animal filosófico por excelência, sendo também o animal político fundamental. Em alguma medida, portanto, o cão - com a sua desconfiança e hostilidade em relação ao desconhecido - deve ter desempenhado algum papel no desenvolvimento de um primeiro instinto propriamente político (em sentido schmittiano) no homem primitivo.
_
03.05.202500:28
Tudo aquilo que está acontecendo com o PDT é absolutamente merecido.

É o justo pagamento pela perseguição empreendida contra nacionalistas, inclusive pela galera da "Turma Boa" do Ciro.

De minha parte, o mais digno seria o fim do partido, mas provavelmente vamos vê-lo definhar ainda por um longo tempo.
02.05.202501:19
Do potencial demiúrgico do Trabalhador

A figura do Trabalhador possui uma dimensão que é muito mais profunda do que poderia parecer à primeira vista. No mundo do Capital, o Trabalhador é alienado a ponto de se tornar mero objeto inanimado entrelaçado em relações produtivas que se desdobram de forma absolutamente indiferente a ele.

De um modo geral, o Dia do Trabalhador emerge em um momento histórico no qual o subterrâneo laboral se agita, como o magma sob as montanhas, em uma tomada de consciência em relação à própria objetificação, buscando, através do enfrentamento político, a sua subjetivação.

Essa subjetivação envolve precisamente uma redescoberta do verdadeiro poder do Trabalhador como artífice do mundo. Talvez seja o Juche a ideologia contemporânea que melhor expressou essa compreensão do papel do Trabalhador - presente também nas obras de Ernst Jünger - ao ressaltar o papel do Homem como cocriador do Mundo.

O Trabalhador ao se dobrar sobre o Mundo como seu objeto, transforma a matéria fazendo emergir dela coisas postas à disposição do Homem e, através dessa atividade, repete o ato criativo do Demiurgo. Trata-se de uma atividade que coloca o Trabalhador pendulando entre a potência titânica de Prometeu e a potência olímpica de Hefesto.

Ele é, simultaneamente, continuador da obra de Deus e, não raro, na húbris o seu usurpador. Mas essa profundidade metafísica do Trabalhador só é possível fora do estado de alienação produtiva que caracteriza a sua condição sob o capitalismo. Sob o capitalismo, o Trabalhador é objeto da Técnica, que o mastiga e o instrumentaliza para a sua própria autorrealização acéfala em uma reconstrução do Mundo que exclui todo sujeito e universaliza o objeto como única realidade.

Na contramão dessa tendência, talvez nada expresse melhor a fagulha divina inata ao Homem que precisamente o seu status como Trabalhador. Em cada novo ente criado ou transformado (seja ele concreto ou abstrato) o Trabalhador repete o "fiat" do momento da Criação, mas no microcosmo; não ex nihilo, mas a partir da Matéria disposta verdadeiramente como "matéria-prima" para os labores humanos.

A título de conclusão, não é apenas o Capital que comprime as potencialidades do Trabalhador, mas também a Técnica como falsa panaceia, miragem de um mundo automatizado e pós-trabalho. É em face dessas forças que o Trabalhador precisa se libertar.
O que será que ele quer? Não falo esse idioma aí.

Cigarro? Creatina? Chimarrão? Chá de cogumelo? Uma pistola Taurus...? É isso?

Ah já sei: vou dar cerveja, deve ser isso.
07.05.202514:44
Estou vendo esse caso do cara que, parece, foi estraçalhado no metrô de São Paulo, e concordo com as "críticas sociais fodas" sobre "investimento no metrô", sobre "a exploração capitalista que leva o trabalhador a se apressar" e por aí vai.

Tudo isso é muito inteligente.

Mas...

...não há investimento ou engenharia social que anulem a imbecilidade ou inépcia humanas. Nunca viveremos em um mundo seguro e não há recurso contra a imprudência.

Pelos deuses, sinceramente, às vezes tenho a impressão de que as pessoas têm uma expectativa de um mundo que mais parece com aquelas bolhas médicas que certos doentes particularmente frágeis usam.

Querem que tudo seja higienizado, sanitizado, tornado seguro, sem pontas, sem arestas, com dezessete mil avisos de "cuidado", "disclaimers", "alertas". As pessoas, infelizmente, morrem. Não vivemos no mundo dos Ursinhos Carinhosos, e uma bateria de vídeos do "Darwin Awards" talvez curasse um pouco dessa "inocência" e desse anseio por um sistema político-legislativo que imponha conforto e segurança por toda parte.

Facas sem ponta, máquinas de lavar com orientação de que você não deve entrar nela, emojis de arma do Whatsapp que viram arminha de brinquedo, aliás, o fim das armas de brinquedo de espoleta, "avisos" sobre filmes violentos, "avisos" sobre jogos de videogame violentos, obrigação de usar capacete em moto, mil procedimentos burocráticos de segurança em todas as empresas. Aparentemente, é necessário até ensinar pessoas supostamente normais a usar o elevador.

Vocês realmente querem viver em um mundo castrado que mais parece ter sido planificado por babás, avós e funcionários de RH?

Tudo isso me enoja.
06.05.202518:08
https://youtu.be/FbJWylIJ1cw

George Orwell e Aldous Huxley se consagraram como grandes escritores de ficção distópica. Neil Postman analisou as previsões de ambos para apontar quem estava certo. Nós avaliamos a análise de Postman e as previsões de Orwell e Huxley.
05.05.202500:38
O Cão como Criatura e Professor do Homem

Todo mundo, certamente, já se perguntou do porquê da curta longevidade do cão e que propósito ele cumpre se sua vida dura tão pouco. Em um cosmo ordenado e harmonioso, em que todos os entes estão organizados conforme uma vontade divina, não é despropositado refletir sobre o "propósito" do cão vis-à-vis o homem.

As explicações meramente "funcionais" me parecem claramente insuficientes. Sim, sabemos que cães "guardam rebanho", "vigiam a casa" e "ajudam a caçar", mas essas utilidades representam simplesmente a expressão de um vínculo mais profundo.

Propedeuticamente, é interessante saber que os cães foram o primeiro animal domesticado pelo homem há 15-20 mil anos. Os primeiros passos dessa domesticação são desconhecidos, apesar de haver alguns bons palpites que apontam para uma relação de comensalidade que foi se tornando algo cada vez mais próximo.

Na verdade, o fato de que socialmente e eticamente os homens são mais semelhantes aos lobos do que aos chimpanzés indica que, provavelmente, o lobo foi tão domesticado quanto o homem foi socializado ao modo lupino. Certamente, a presença dos lobos deve ter ensinado aos homens no mínimo algumas táticas de caça, tal como o próprio lobo passou a servir como arma do homem em suas caçadas.

Essa mutualidade lobo-homem que jaz na aurora da domesticação que gerou o cão deve ter algum papel nos ritos e mitos de licantropia. O homem-lobo está não apenas invocando uma força totêmica que se manifesta como lobo, ele está também ativando uma "memória ancestral" de um tempo em que os homens se comportavam como lobos para caçar melhor - ou seja, viravam lobisomens.

A consagração disso aparece, por óbvio, no mito de fundação de Roma, no próprio festival romano da Lupercalia, e em outros mitos e eventos semelhantes comuns à Europa e à Eurásia.

Enfim, a partir dessa época (e estamos falando aqui do Pleistoceno) os cães passaram a fazer parte do quotidiano humano, como o primeiro animal domesticado/socializado. Imaginamos, inclusive, que o ato de dar um filhote de presente para um jovem não deve ser novidade do século XX. Considerando o tempo que Ulisses ficou ausente de Ítaca, por exemplo, bem como a idade aproximada de retorno, e a idade lendária do cão Argos (23-25 anos), ele deve tê-lo recebido de seu pai no início de sua idade adulta.

O que é certo, porém, é que entre gregos e romanos os cães eram onipresentes, o que se manteve na Idade Média e até tempos relativamente recentes.

A partir daí, penso ser possível comentar algumas coisas sobre os propósitos mais profundos do cão:

1) Ele ensina ao homem sobre a morte e a impermanência de todas as coisas. Ainda que a vida humana, historicamente, sempre tenha estado permeada pela morte, a realidade é que longe dos filmes, séries e livros, a vida humana era pacata a maior parte do tempo. A "expectativa de vida" estatística para o passado dá resultados baixos porque a mortalidade infantil era alta. Mas quem sobrevivia mais que alguns meses provavelmente só morreria velho.

Assim, ao longo da história, por toda parte, certamente a morte do cão da família foi o primeiro contato que uma criança ou jovem teve com a finitude da vida em incontáveis casos. A curta vida do cão desfaz a ilusão de imortalidade que às vezes enfeitiça o homem acomodado. O cão é o lembrete permanente de que todos vamos morrer, e que ele apenas foi na frente, para abrir o caminho. Virá daí o mito de Cérbero, bem como inúmeros outros mitos que associam o cão à morte (Anúbis, etc.)? Faria sentido. O cão, nesse sentido, é o primeiro "membro da família" (e nem comecem com a narrativa farsesca de que considerar o cão como "quase da família" é coisa do "homem moderno") a abrir as portas da morte.
Nesta sexta rezarei para que todas as enfermidades de meus contatos, e as de seus familiares, sejam curadas.
Descansem, trabalhadores.

Amanhã a luta continua.
07.05.202515:31
Em suma: tem aviso, tem a barreira, querem que faça mais o que?

Talvez que as partes externas do metrô sejam cobertas por um tecido felpudo cor-de-rosa para não machucar ninguém? Talvez os cidadãos devessem ser obrigados a usar roupas feitas de borracha para quicarem por aí diante de qualquer choque cinético?
07.05.202500:30
Toda grande devastação, toda grande destruição, todo caos, é oportunidade para a construção de uma nova Ordem (que seja, quem sabe, reflexo da sempiterna Ordem das ordens).

Piores que a morte e a destruição são a inércia e a estagnação.
06.05.202502:07
Os Nacionalistas triunfam na Romênia (por enquanto)

A saga da democracia na Romênia rendeu mais alguns desdobramentos com a vitória do nacionalista George Simion no 1º turno, com quase 41% dos votos. Ele enfrentará Nicusor Dan (que ficou com 20% dos votos) no 2º turno, em 15 dias.

Ou não.

Porque a "democracia" na Romênia tem sido pouco democrática nos últimos meses.

Como todos sabem, já houve eleições presidenciais na Romênia no final de 2024, em novembro. Por ocasião daquelas eleições, o nacionalista Calin Georgescu ficou em 1º lugar, com aproximadamente 23% dos votos. Para que se entenda o impacto disso, ele não aparecia nem entre os 5 mais bem posicionados nas pesquisas de opinião.

Dias após o resultado, porém, a Suprema Corte da Romênia cancelou o resultado das eleições, sob a alegação de "interferência estrangeira", o que ninguém conseguiu provar. Aplicando, na prática, um golpe de Estado, estendeu-se o mandato do presidente cessante Klaus Iohannis e se prometeu novas eleições "eventualmente".

Nas semanas seguintes, diante de protestos massivos, o aparato repressor prendeu inúmeros militantes nacionalistas, inclusivo com invasões a domicílio sem mandado para isso. Ademais, Calin Georgescu foi preso e, depois, declarado inelegível.

O "crime" real de Georgescu é que ele prometia realinhar a Romênia geopoliticamente para longe do Ocidente e para mais perto do projeto multipolar, se colocando também em defesa dos valores tradicionais romenos e contra todo o arcabouço de pautas do liberalismo progressista e pós-moderno.

O tiro, porém, parece ter saído pela culatra. Apesar da pressão, George Simion fez uma campanha inteligente prometendo herdar a plataforma de Georgescu e, inclusive, incluí-lo em seu governo - talvez até mesmo como primeiro-ministro. O resultado superou as expectativas, porque ele conseguiu ir além da soma de votos que ambos tiveram nas eleições anteriores. Sinal de que o povo romeno não gostou da transformação de sua democracia em uma farsa.

A geografia eleitoral dessas eleições segue um padrão interessante, mas típico. Simion ganhou em praticamente todas as regiões do país, excetuando as de forte presença tradicional húngara, como a Transilvânia, e na capital, Bucareste, em que ganhou o seu rival Dan, que é atualmente prefeito da cidade. É a típica lógica da oposição entre a Capital cosmopolita e a Pátria profunda que vemos, por exemplo, na França e em mil outros lugares.

Qualquer previsão para o 2º turno, porém, é perda de tempo. Melhor deixar para analisar as possíveis consequências dessas eleições de forma mais profunda em 15 dias, já que, como tivemos oportunidade de ver, a Juristocracia romena não vê problemas em violar o princípio democrático em defesa dos valores liberais.
03.05.202523:07
Ler livros científicos (neste caso, de polemologia) de décadas atrás é interessante pela possibilidade de uma análise retrospectiva dos prognósticos dos autores.

Neste caso aqui, os autores franceses analisam 234 anos de guerra para construir uma tipologia dos tipos de conflito, bem como para analisar os cenários futuros possíveis para a guerra. A obra é de 74-75, a Guerra do Vietnã nem havia realmente acabado, então apenas imaginemos o quanto o mundo mudou.

Descritivamente, o livro não traz nada de surpreendente, excetuando um comentário passageiro sobre ter sido a Guerra do Paraguai a maior matança, em termos proporcionais, da história humana. No âmbito prescritivo, porém, há uns pontos que merecem menção.

Os autores, por exemplo, enfatizam que as armas nucleares mudaram a natureza da guerra e a disposição para entrar em conflitos, de modo que, de certa forma, elas tornavam o mundo menos propenso a grandes conflagrações. Os autores preveem que essa situação perdurará, a não ser que algo excepcional aconteça.

E, de fato, escrevendo apenas 30 anos após Hiroshima, nós que estamos vivendo 50 anos depois do ano em que o livro foi escrito podemos confirmar que, realmente, não vimos (pelo menos de forma confirmada) novos usos de armas nucleares em conflitos. O medo nuclear impõe limites à agressividade das nações.

Mas os autores "compensam" essa perspectiva apontando para uma possível tendência de crescimento e proliferação do terrorismo - fenômeno nascente em sua época (pelo menos em uma intensidade suficiente a ponto de ser levada em consideração na polemologia). Os autores se preocupam, ademais, com a possibilidade de que armas nucleares caiam nas mãos de grupos terroristas. Isso, aparentemente, nunca aconteceu, mas o medo em relação a isso foi instrumentalizado para justificar a Guerra do Iraque (o Pentágono inventou que Saddam Hussein ia entregar armas de destruição em massa para grupos terroristas).

Em outro tópico interessante, sobre a configuração do poder global, os autores preveem a fragmentação dos Blocos da Guerra Fria em uma pluralidade mais diversificada de centros de poder, prevendo a transição multipolar. Em alguma medida, isso talvez já estivesse prefigurado com a ruptura sino-soviética, mas os autores também duvidam da capacidade dos EUA de permanecerem como hiperpotência mundial no longo prazo e cogitam da possibilidade do surgimento de novas potências no Terceiro Mundo.

Enfim, muito bom que a BIBLIEX traduziu essa obra.
02.05.202518:46
https://youtu.be/QpoUrJ2FmfA

E se dissermos que "Clube da Luta" é basicamente uma parábola pós-moderna sobre a realização espiritual inspirada pela tradição zen budista?
01.05.202521:06
https://youtu.be/umuz5ex_6tQ?si=YmpapOIn_zgXS2fD

O Lula e seu partido ainda estão em sintonia com os interesses e anseios do trabalhador brasileiro?
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