26.02.202500:51
https://www.youtube.com/watch?v=CJ53hQ7lkYY
Entrando agora!
Entrando agora!
23.02.202515:24
Estive na última quarta-feira no canal 3 da IRIBTV iraniana para comentar sobre a possibilidade de um acordo de paz entre EUA e Rússia.
22.02.202501:12
“A aristocracia: espírito imortal que vê nos enraizamentos profundos a condição para a mais alta elevação, na disparidade entre naturezas humanas a condição da humanidade orgânica, na diversidade entre culturas a condição para a cultura. Uma certa visão distinta da vida, do homem, do mundo, do destino”. – Louis Pauwels
20.02.202520:03
Em 1 minuto estarei no programa "Entretanto", realizado pela rede Sputnik, na Rádio Metropolitana/RJ (FM 80.5) para comentar sobre as notícias do dia.
Convido todos os meus seguidores a me acompanharem na FM 80.5 do Rio de Janeiro pelo site: https://tudoradio.com/player/radio/600-radio-metropolitana
Ou, caso prefiram acompanhar por celular, pelo app: https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.williarts.radio.metropolitana109047
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20.02.202501:22
A Europa conseguiria, porém, suprir os fornecimentos estadunidenses para a Ucrânia em caso de retirada de Washington, unilateralmente, do conflito? De jeito algum. Mesmo que os europeus invistam na recuperação de seu complexo militar-industrial, não haveria tempo hábil para a Ucrânia segurar os russos enquanto espera os resultados industriais da União Europeia. Se essas negociações forem bem sucedidas, portanto, ou os combates pararão imediatamente ou durarão ainda mais uns 2-3 meses após uma retirada estadunidense.
Bem, mas em que medida esta paz proposta pelos EUA agora interessa à Rússia?
Existe uma euforia exagerada em relação a Trump na Rússia, basicamente pelo contraste profundo em relação às outras lideranças estadunidenses. Isolados pelo Ocidente e ameaçados com um holocausto nuclear por Biden, os russos olham para Trump com um óculos extremamente róseo e veem com expectativa as infinitas promessas milagrosas de Washington. Isso pelo menos no âmbito da "sociedade civil".
Por enquanto, as propostas para uma paz na Ucrânia enunciadas pelos EUA são pouco realistas porque não se comunicam bem com os fatos militares e não respondem às demandas da operação militar especial. Como ficam para a Rússia, por exemplo, as partes ainda não tomadas das províncias oficialmente anexadas como Kherson e Zaporizhia? Como implementar a necessária "engenharia" cultural chamada pelos russos de "desnazificação"? Como garantir o não ingresso da Ucrânia na OTAN considerando que Trump governará os EUA, a priori, apenas até o início de 2029? Faz sentido para a Rússia abandonar Kharkov e Odessa para os ucranianos? E caso não, como convencer os EUA disso? Uma "zona-tampão" incluindo essas regiões bastaria?
Na prática, qualquer acordo assinado pelos EUA será muito frágil e não poderá ter qualquer outra natureza senão a de um esforço de ganhar tempo para reiniciar um conflito com a Rússia em alguns anos porque para a geopolítica talassocrática dos EUA enfrentar e tentar desintegrar a Rússia não é opcional, mas uma questão existencial - e ainda não há evidências suficientes de que Trump está transicionando os EUA de uma geopolítica talassocrática para uma telurocrática. O abandono da Europa é um bom sinal, mas ainda não há nada garantido mesmo nisso.
Essa transformação geopolítica dos EUA sob Trump está parecendo um esforço de "demolição controlada" do multilateralismo unipolarista em prol de um interlúdio multipolar, até que os EUA tenham força suficiente para recobrar a hegemonia. No meio tempo, o interesse do setor trumpista do Deep State será o de liquidar os aliados da Rússia no Oriente Médio, Ásia, África e Américas (inviável de forma completa, talvez) para que seja mais fácil enfrentar a Rússia no futuro.
Para a Rússia, portanto, o mais conveniente é seguir entretendo esses diálogos com os EUA, mas continuando a operação militar especial russa na Ucrânia, e e possível convencer os EUA a uma retirada unilateral para que Moscou tenha carta branca.
Paz sem a liquidação de um tal "Estado-nação ucraniano" - punhal voltado contra o projeto imperial russo - não passa de uma ilusão.
Bem, mas em que medida esta paz proposta pelos EUA agora interessa à Rússia?
Existe uma euforia exagerada em relação a Trump na Rússia, basicamente pelo contraste profundo em relação às outras lideranças estadunidenses. Isolados pelo Ocidente e ameaçados com um holocausto nuclear por Biden, os russos olham para Trump com um óculos extremamente róseo e veem com expectativa as infinitas promessas milagrosas de Washington. Isso pelo menos no âmbito da "sociedade civil".
Por enquanto, as propostas para uma paz na Ucrânia enunciadas pelos EUA são pouco realistas porque não se comunicam bem com os fatos militares e não respondem às demandas da operação militar especial. Como ficam para a Rússia, por exemplo, as partes ainda não tomadas das províncias oficialmente anexadas como Kherson e Zaporizhia? Como implementar a necessária "engenharia" cultural chamada pelos russos de "desnazificação"? Como garantir o não ingresso da Ucrânia na OTAN considerando que Trump governará os EUA, a priori, apenas até o início de 2029? Faz sentido para a Rússia abandonar Kharkov e Odessa para os ucranianos? E caso não, como convencer os EUA disso? Uma "zona-tampão" incluindo essas regiões bastaria?
Na prática, qualquer acordo assinado pelos EUA será muito frágil e não poderá ter qualquer outra natureza senão a de um esforço de ganhar tempo para reiniciar um conflito com a Rússia em alguns anos porque para a geopolítica talassocrática dos EUA enfrentar e tentar desintegrar a Rússia não é opcional, mas uma questão existencial - e ainda não há evidências suficientes de que Trump está transicionando os EUA de uma geopolítica talassocrática para uma telurocrática. O abandono da Europa é um bom sinal, mas ainda não há nada garantido mesmo nisso.
Essa transformação geopolítica dos EUA sob Trump está parecendo um esforço de "demolição controlada" do multilateralismo unipolarista em prol de um interlúdio multipolar, até que os EUA tenham força suficiente para recobrar a hegemonia. No meio tempo, o interesse do setor trumpista do Deep State será o de liquidar os aliados da Rússia no Oriente Médio, Ásia, África e Américas (inviável de forma completa, talvez) para que seja mais fácil enfrentar a Rússia no futuro.
Para a Rússia, portanto, o mais conveniente é seguir entretendo esses diálogos com os EUA, mas continuando a operação militar especial russa na Ucrânia, e e possível convencer os EUA a uma retirada unilateral para que Moscou tenha carta branca.
Paz sem a liquidação de um tal "Estado-nação ucraniano" - punhal voltado contra o projeto imperial russo - não passa de uma ilusão.
18.02.202522:21
Recebi hoje uma carta de Alexander Lukashenko, o Presidente da República de Belarus e um dos maiores líderes políticos do mundo contemporâneo.
Ele me agradeceu pelo esforço de fortalecer as relações entre nossos países.
Agradeço também aos amigos da Embaixada de Belarus por fazerem chegar à mesa de Lukashenko a minha mensagem de congratulações pela vitória eleitoral.
Ele me agradeceu pelo esforço de fortalecer as relações entre nossos países.
Agradeço também aos amigos da Embaixada de Belarus por fazerem chegar à mesa de Lukashenko a minha mensagem de congratulações pela vitória eleitoral.
25.02.202519:59
Em 1 minuto estarei no programa "Entretanto", realizado pela rede Sputnik, na Rádio Metropolitana/RJ (FM 80.5) para comentar sobre as notícias do dia.
Convido todos os meus seguidores a me acompanharem na FM 80.5 do Rio de Janeiro pelo site: https://tudoradio.com/player/radio/600-radio-metropolitana
Ou, caso prefiram acompanhar por celular, pelo app: https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.williarts.radio.metropolitana109047
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23.02.202501:50
Por que sempre soubemos que HOC, Hoje no Mundo Militar e Ancapsu estavam mentindo?
Na prática, o questionamento poderia ser refeito como "Por que sempre soubemos que a Ucrânia perderia?". E ninguém pode negar: os analistas geopolíticos multipolaristas acertaram em cada previsão, acertaram a cada momento e fase desse conflito, e previram que a Ucrânia jamais venceria, enquanto os propagandistas liberais erraram em todas as instâncias e até semanas atrás pregavam uma inevitável derrota russa.
E é muito fácil responder a essa questão, o que pode ser feito partindo de uma consideração geral até chegarmos a alguns pontos particulares.
HOC, Hoje no Mundo Militar e Ancapsu costumeiramente reproduziam conteúdos que eram exageradamente propagandísticos. Todos sabemos que há propaganda dos dois lados, mas a boa propaganda se apoia em dados e fatos, para impulsionar uma narrativa. A propaganda ruim delira, fantasia, especula e mente descaradamente.
Aqui não precisamos nem entrar no mérito de alegações estapafúrdias como as dezenas de mortes, internações e prisões do Putin. Mas certamente precisamos incluir aqui as narrativas fantasiosas sobre "Fantasma de Kiev", "Velho da Espingarda", e outros "heróis" que nunca existiram, mas que semanalmente apareciam nesses canais como se fossem "armas secretas", ou alimentavam a farsa de uma "resistência popular" à "invasão russa".
Também aqui cabem as mentiras óbvias e há muito desmascaradas sobre "atrocidades russas", começando por Bucha, mas envolvendo, por exemplo, a "Maternidade de Mariupol" (com direito inclusive a uma grávida de Taubaté, uma atriz paga por Kiev mas que agora mora em Moscou e é pró-Rússia), e uma dúzia de outros ataques a alvos militares propagados como ataques a alvos civis.
Mas mais sérias do que as anedotas eram as mentiras e ilusões sobre baixas. No lugar de catalogar com sobriedade e parcimônia as baixas russas para, com isso, adquirir uma visão realista sobre a situação tática e operacional (como faz o projeto da Meduza/Mediazona, que coloca mortes russas em aproximadamente 100-120 mil), você tem fontes ucranianas falando já em 1 milhão de baixas russas, com aproximadamente 500 mil mortos. As mesmas fontes dizem que morreram entre 40 e 80 mil soldados ucranianos desde o início do conflito. Eram essas fontes, e apenas essas fontes, que HOC, Hoje no Mundo Militar e Ancapsu escolhiam divulgar.
Aqui não cabe nenhum "tu quoque" porque os blogueiros e analistas pró-russos sempre, SEMPRE, analisavam as alegações ucranianas. Basta checar no Rybar, DDGeopolitics, RWA, Armchair Warlord, etc. Eles sempre abordavam as fontes ucranianas sobre baixas russas e demonstravam os seus erros.
Esses propagandistas ucranianos, aliás, ensinaram um monte de falsos truísmos, o mais tosco deles sendo o de que "quem ataca sempre sofre mais baixas do que quem defende". Ah é? Como eles explicam, então, que na Batalha da França os alemães tiveram 150 mil baixas enquanto os franceses tiveram 2 milhões? Na verdade, eu poderia aqui dar um bilhão de exemplos históricos de forças ofensivas sofrendo menos baixas do que forças defensivas. E mesmo que o truísmo possa fazer sentido em uma escala micro (ou seja, ataques a posições defensivas fortificadas específicas em vez de análise de teatro de guerra) isso na verdade varia com base no uso de artilharia, na existência ou ausência de cobertura, na presença ou ausência de suporte aéreo e numa série de outras variáveis.
Depois disso vêm os vídeos sobre as "Wunderwaffen", as armas milagrosas que seriam os "game changers" da "guerra". Tivemos aí os Patriots, HIMARS, Leopards, ATACMS, Starlink, F-16, que segundo os "gênios" da análise supracitados mudariam definitivamente o conflito e levariam os ucranianos até Moscou. Essas narrativas alimentavam um triunfalismo completamente descabido: primeiro porque sempre houve meios de contornar ou superar essas armas no arsenal russo, segundo porque o Ocidente nunca teve como mandar esses equipamentos em uma quantidade suficiente para que eles fizessem diferença.
Na prática, o questionamento poderia ser refeito como "Por que sempre soubemos que a Ucrânia perderia?". E ninguém pode negar: os analistas geopolíticos multipolaristas acertaram em cada previsão, acertaram a cada momento e fase desse conflito, e previram que a Ucrânia jamais venceria, enquanto os propagandistas liberais erraram em todas as instâncias e até semanas atrás pregavam uma inevitável derrota russa.
E é muito fácil responder a essa questão, o que pode ser feito partindo de uma consideração geral até chegarmos a alguns pontos particulares.
HOC, Hoje no Mundo Militar e Ancapsu costumeiramente reproduziam conteúdos que eram exageradamente propagandísticos. Todos sabemos que há propaganda dos dois lados, mas a boa propaganda se apoia em dados e fatos, para impulsionar uma narrativa. A propaganda ruim delira, fantasia, especula e mente descaradamente.
Aqui não precisamos nem entrar no mérito de alegações estapafúrdias como as dezenas de mortes, internações e prisões do Putin. Mas certamente precisamos incluir aqui as narrativas fantasiosas sobre "Fantasma de Kiev", "Velho da Espingarda", e outros "heróis" que nunca existiram, mas que semanalmente apareciam nesses canais como se fossem "armas secretas", ou alimentavam a farsa de uma "resistência popular" à "invasão russa".
Também aqui cabem as mentiras óbvias e há muito desmascaradas sobre "atrocidades russas", começando por Bucha, mas envolvendo, por exemplo, a "Maternidade de Mariupol" (com direito inclusive a uma grávida de Taubaté, uma atriz paga por Kiev mas que agora mora em Moscou e é pró-Rússia), e uma dúzia de outros ataques a alvos militares propagados como ataques a alvos civis.
Mas mais sérias do que as anedotas eram as mentiras e ilusões sobre baixas. No lugar de catalogar com sobriedade e parcimônia as baixas russas para, com isso, adquirir uma visão realista sobre a situação tática e operacional (como faz o projeto da Meduza/Mediazona, que coloca mortes russas em aproximadamente 100-120 mil), você tem fontes ucranianas falando já em 1 milhão de baixas russas, com aproximadamente 500 mil mortos. As mesmas fontes dizem que morreram entre 40 e 80 mil soldados ucranianos desde o início do conflito. Eram essas fontes, e apenas essas fontes, que HOC, Hoje no Mundo Militar e Ancapsu escolhiam divulgar.
Aqui não cabe nenhum "tu quoque" porque os blogueiros e analistas pró-russos sempre, SEMPRE, analisavam as alegações ucranianas. Basta checar no Rybar, DDGeopolitics, RWA, Armchair Warlord, etc. Eles sempre abordavam as fontes ucranianas sobre baixas russas e demonstravam os seus erros.
Esses propagandistas ucranianos, aliás, ensinaram um monte de falsos truísmos, o mais tosco deles sendo o de que "quem ataca sempre sofre mais baixas do que quem defende". Ah é? Como eles explicam, então, que na Batalha da França os alemães tiveram 150 mil baixas enquanto os franceses tiveram 2 milhões? Na verdade, eu poderia aqui dar um bilhão de exemplos históricos de forças ofensivas sofrendo menos baixas do que forças defensivas. E mesmo que o truísmo possa fazer sentido em uma escala micro (ou seja, ataques a posições defensivas fortificadas específicas em vez de análise de teatro de guerra) isso na verdade varia com base no uso de artilharia, na existência ou ausência de cobertura, na presença ou ausência de suporte aéreo e numa série de outras variáveis.
Depois disso vêm os vídeos sobre as "Wunderwaffen", as armas milagrosas que seriam os "game changers" da "guerra". Tivemos aí os Patriots, HIMARS, Leopards, ATACMS, Starlink, F-16, que segundo os "gênios" da análise supracitados mudariam definitivamente o conflito e levariam os ucranianos até Moscou. Essas narrativas alimentavam um triunfalismo completamente descabido: primeiro porque sempre houve meios de contornar ou superar essas armas no arsenal russo, segundo porque o Ocidente nunca teve como mandar esses equipamentos em uma quantidade suficiente para que eles fizessem diferença.
21.02.202520:01
Em 1 minuto estarei no programa "Entretanto", realizado pela rede Sputnik, na Rádio Metropolitana/RJ (FM 80.5) para comentar sobre as notícias do dia.
Convido todos os meus seguidores a me acompanharem na FM 80.5 do Rio de Janeiro pelo site: https://tudoradio.com/player/radio/600-radio-metropolitana
Ou, caso prefiram acompanhar por celular, pelo app: https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.williarts.radio.metropolitana109047
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20.02.202519:44
https://www.youtube.com/watch?v=7l23MXarkFM
Uma das linhas teórica que informam o trumpismo contemporâneo é o Iluminismo Escuro, também conhecido como "movimento neorreacionário". Quais são suas ideias política principais e como isso se distingue da Quarta Teoria Política?
Uma das linhas teórica que informam o trumpismo contemporâneo é o Iluminismo Escuro, também conhecido como "movimento neorreacionário". Quais são suas ideias política principais e como isso se distingue da Quarta Teoria Política?
20.02.202500:03
https://www.youtube.com/watch?v=5-SkfOJvyeU
Hoje estaremos entrevistando o Rodolfo Laterza sobre o panorama atual dos conflitos mundiais.
Hoje estaremos entrevistando o Rodolfo Laterza sobre o panorama atual dos conflitos mundiais.
18.02.202520:54
Estou agora no programa "Entretanto", realizado pela rede Sputnik, na Rádio Metropolitana/RJ (FM 80.5) para comentar sobre as notícias do dia.
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24.02.202511:49
3 Anos da Operação Militar Especial Russa na Ucrânia
Há 3 anos os russos entravam na Ucrânia pelo sudeste, pelo sul e pelo norte do país, após um ataque em larga escala que destruiu a maior parte da Aeronáutica e Marinha de Kiev. Era o início da operação militar especial, cujos objetivos declarados eram desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia.
Mas que tinha, também, como objetivo salvar a população do Donbass de um ataque ucraniano iminente (a quantidade de ataques de artilharia vinha aumentando diariamente, em preparação para uma ação ofensiva) e garantir a ela a possibilidade de autodeterminação (após 8 anos de violações dos Acordos de Minsk).
A operação militar especial foi pensada inicialmente como um golpe fulminante cujo objetivo seria levar Zelensky à mesa de negociações. E Zelensky, de fato, cedeu. Até que o Ocidente lhe prometeu fundos infinitos (e provavelmente o ameaçou) para que ele se recusasse a negociar. Pouco depois, o principal negociador ucraniano era assassinado misteriosamente.
A partir de então, o escopo da operação militar especial tornou-se maior. Não se tratava mais apenas da Ucrânia: era necessário enfraquecer a OTAN, fortalecer os BRICS, construir novas alianças, mudar a arquitetura financeira do mundo, etc. Nesse sentido, a operação militar especial virou uma guerra, não contra a Ucrânia mas contra o Ocidente.
E os objetivos foram sendo alcançados gradualmente. Por causa do escopo amplo, que foi aumentando cada vez mais, a OME passou a ser uma guerra revolucionária. E na medida em que Kiev (com apoio da CIA) passou a recorrer ao terrorismo contra civis, ela virou também uma guerra popular. A Rússia precisou de apenas 1 mobilização parcial precisamente porque voluntários corriam para os postos de recrutamento para oferecer seu serviço pela causa civilizacional.
Enquanto isso, governos europeus colapsavam um após o outro e cada nova eleição fortalecia os nacionalistas (anti-OTAN, pró-multipolaridade). Nos EUA, o governo Biden derreteu e Trump chegou ao poder, com uma perspectiva diferente sobre o conflito. Os BRICS dobraram de tamanho e avançaram com a desdolarização, reduzindo a fragilidade do mundo diante de sanções ocidentais.
E pouco a pouco, com paciência, sempre em menor número, as tropas russas avançam pela Ucrânia, tomando cidade por cidade. Depois de sacrificarem todo o seu efetivo várias vezes (basta lembrar o vexame no qual Kiev sacrificou metade de seu novo exército em Bakhmut), eles não têm mais capacidade de realizar grandes operações aptas a causar algum impacto no teatro. Só podem se entrincheirar em bunkers e aguardar o avanço russo e recuar.
E em Donetsk e Lugansk, os ataques de artilharia que por anos chacinaram crianças e grávidas vão se tornando cada vez mais raros e a vida vai voltando ao normal.
Não obstante, eu acho que a operação está ainda longe de terminar. Não se iludam com negociações. O diálogo existe, mas o consenso não. Portanto, veremos ainda, no mínimo, meses de operação. E se estivermos falando da guerra pela multipolaridade, então ela apenas começou. Ainda não há nada definido, nada inscrito em pedra.
Mesmo assim, tudo isso começou 3 anos atrás. Muito mais tarde do que deveria, aos trancos e barrancos (como costuma ser com os russos, e nisso eles são muito parecidos com os brasileiros), mas pelo menos começou.
Há 3 anos os russos entravam na Ucrânia pelo sudeste, pelo sul e pelo norte do país, após um ataque em larga escala que destruiu a maior parte da Aeronáutica e Marinha de Kiev. Era o início da operação militar especial, cujos objetivos declarados eram desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia.
Mas que tinha, também, como objetivo salvar a população do Donbass de um ataque ucraniano iminente (a quantidade de ataques de artilharia vinha aumentando diariamente, em preparação para uma ação ofensiva) e garantir a ela a possibilidade de autodeterminação (após 8 anos de violações dos Acordos de Minsk).
A operação militar especial foi pensada inicialmente como um golpe fulminante cujo objetivo seria levar Zelensky à mesa de negociações. E Zelensky, de fato, cedeu. Até que o Ocidente lhe prometeu fundos infinitos (e provavelmente o ameaçou) para que ele se recusasse a negociar. Pouco depois, o principal negociador ucraniano era assassinado misteriosamente.
A partir de então, o escopo da operação militar especial tornou-se maior. Não se tratava mais apenas da Ucrânia: era necessário enfraquecer a OTAN, fortalecer os BRICS, construir novas alianças, mudar a arquitetura financeira do mundo, etc. Nesse sentido, a operação militar especial virou uma guerra, não contra a Ucrânia mas contra o Ocidente.
E os objetivos foram sendo alcançados gradualmente. Por causa do escopo amplo, que foi aumentando cada vez mais, a OME passou a ser uma guerra revolucionária. E na medida em que Kiev (com apoio da CIA) passou a recorrer ao terrorismo contra civis, ela virou também uma guerra popular. A Rússia precisou de apenas 1 mobilização parcial precisamente porque voluntários corriam para os postos de recrutamento para oferecer seu serviço pela causa civilizacional.
Enquanto isso, governos europeus colapsavam um após o outro e cada nova eleição fortalecia os nacionalistas (anti-OTAN, pró-multipolaridade). Nos EUA, o governo Biden derreteu e Trump chegou ao poder, com uma perspectiva diferente sobre o conflito. Os BRICS dobraram de tamanho e avançaram com a desdolarização, reduzindo a fragilidade do mundo diante de sanções ocidentais.
E pouco a pouco, com paciência, sempre em menor número, as tropas russas avançam pela Ucrânia, tomando cidade por cidade. Depois de sacrificarem todo o seu efetivo várias vezes (basta lembrar o vexame no qual Kiev sacrificou metade de seu novo exército em Bakhmut), eles não têm mais capacidade de realizar grandes operações aptas a causar algum impacto no teatro. Só podem se entrincheirar em bunkers e aguardar o avanço russo e recuar.
E em Donetsk e Lugansk, os ataques de artilharia que por anos chacinaram crianças e grávidas vão se tornando cada vez mais raros e a vida vai voltando ao normal.
Não obstante, eu acho que a operação está ainda longe de terminar. Não se iludam com negociações. O diálogo existe, mas o consenso não. Portanto, veremos ainda, no mínimo, meses de operação. E se estivermos falando da guerra pela multipolaridade, então ela apenas começou. Ainda não há nada definido, nada inscrito em pedra.
Mesmo assim, tudo isso começou 3 anos atrás. Muito mais tarde do que deveria, aos trancos e barrancos (como costuma ser com os russos, e nisso eles são muito parecidos com os brasileiros), mas pelo menos começou.
23.02.202501:50
E quando falamos aqui em "quantidade de equipamento" temos que mencionar, também, o quanto HOC, Hoje no Mundo Militar e Ancapsu mentiam sobre as capacidades produtivas (e, em geral, sobre a economia) da Rússia. Segundo eles, a Rússia seria detida já em maio-junho de 2022 porque já havia perdido quase todos os seus mísseis e tanques. Ouvimos periodicamente a mesma coisa várias outras vezes. Bem como ouvimos também que a economia russa estava à beira do colapso, o país prestes a quebrar, e os oligarcas sempre prestes a derrubar Putin por causa disso. Nós falamos que tudo isso era balela e que a economia russa estava conseguindo não apenas se segurar bem apesar das sanções, mas estava tendo bons avanços em setores-chave e deslanchando na produção militar. Quem estava certo?
Eles também mentiam categoricamente em muitas questões táticas específicas.
O recuo tático de Kiev após o mesmo cumprir sua função de desviar tropas para permitir o avanço no Donbass e após fracassar a solução política foi pintado como "vitória ucraniana". Disseram que Mariupol nunca ia cair. Disseram que Bakhmut nunca ia cair. Disseram que Avdeevka nunca ia cair. Aliás, logo após a conquista de Bakhmut, falaram em uma "contraofensiva ucraniana iminente" que retomaria Bakhmut. Quando ela veio foi um estalinho. Mas antes disso, vibraram com a contraofensiva que reocupou Kharkov e partes de Kherson, mesmo com os ucranianos perdendo bem mais homens que os russos durante essa ofensiva, já que os russos recuavam sob cobertura de artilharia.
HOC, Hoje no Mundo Militar e Ancapsu ainda inventaram o mito das "ondas humanas", pintando toda operação russa como se fosse uma investida da Primeira Guerra Mundial. Nada sobre a defesa elástica russa adaptada para o século XXI. Segundo os propagandistas, os russos avançavam em ondas, armados apenas com pás.
Do lado de cá, porém, além de saber a verdade por trás de todas essa balelas, nós sabíamos, por exemplo, que a Rússia dispunha de amplos recursos humanos, e que ela estava usando apenas uma fração do seu "manpower", nunca nem chegando aos 200 mil homens engajados na operação militar especial. Portanto, atuando sempre em inferioridade numérica frente aos ucranianos. Não obstante, só precisou de uma mobilização (os ucranianos tiveram várias). Também sempre soubemos da superioridade de meios materiais. Mas não é que a Ucrânia fosse um país minúsculo praticamente sem Forças Armadas - ao contrário, dispunha da maior força militar europeia em 2022, mas era óbvio que o que eles tinham não era o bastante.
Poderíamos continuar aqui para sempre apontando para as mentiras repetidas por esses propagandistas. Nunca acreditamos nesse monte de balela e são vocês, que acreditavam nisso tudo, que precisam explicar o porquê de acreditarem.
Eles também mentiam categoricamente em muitas questões táticas específicas.
O recuo tático de Kiev após o mesmo cumprir sua função de desviar tropas para permitir o avanço no Donbass e após fracassar a solução política foi pintado como "vitória ucraniana". Disseram que Mariupol nunca ia cair. Disseram que Bakhmut nunca ia cair. Disseram que Avdeevka nunca ia cair. Aliás, logo após a conquista de Bakhmut, falaram em uma "contraofensiva ucraniana iminente" que retomaria Bakhmut. Quando ela veio foi um estalinho. Mas antes disso, vibraram com a contraofensiva que reocupou Kharkov e partes de Kherson, mesmo com os ucranianos perdendo bem mais homens que os russos durante essa ofensiva, já que os russos recuavam sob cobertura de artilharia.
HOC, Hoje no Mundo Militar e Ancapsu ainda inventaram o mito das "ondas humanas", pintando toda operação russa como se fosse uma investida da Primeira Guerra Mundial. Nada sobre a defesa elástica russa adaptada para o século XXI. Segundo os propagandistas, os russos avançavam em ondas, armados apenas com pás.
Do lado de cá, porém, além de saber a verdade por trás de todas essa balelas, nós sabíamos, por exemplo, que a Rússia dispunha de amplos recursos humanos, e que ela estava usando apenas uma fração do seu "manpower", nunca nem chegando aos 200 mil homens engajados na operação militar especial. Portanto, atuando sempre em inferioridade numérica frente aos ucranianos. Não obstante, só precisou de uma mobilização (os ucranianos tiveram várias). Também sempre soubemos da superioridade de meios materiais. Mas não é que a Ucrânia fosse um país minúsculo praticamente sem Forças Armadas - ao contrário, dispunha da maior força militar europeia em 2022, mas era óbvio que o que eles tinham não era o bastante.
Poderíamos continuar aqui para sempre apontando para as mentiras repetidas por esses propagandistas. Nunca acreditamos nesse monte de balela e são vocês, que acreditavam nisso tudo, que precisam explicar o porquê de acreditarem.
21.02.202519:11
https://youtu.be/9isi32xUUXI
Como entender a diversidade brasileira e as várias maneiras de ser brasileiro? O Brasil é um povo ou apenas uma etnia?
Como entender a diversidade brasileira e as várias maneiras de ser brasileiro? O Brasil é um povo ou apenas uma etnia?
20.02.202511:08
O bom dos dias atuais é ver tanto os esquerdistas "anti-imperialistas" quanto os direitistas neocons totalmente em parafuso com a geopolítica trumpista na Europa.
É o problema de raciocinar a partir de categorias fechadas, e não a partir dos fatos.
É o problema de raciocinar a partir de categorias fechadas, e não a partir dos fatos.
19.02.202519:59
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18.02.202518:58
https://youtu.be/XFRMLUIbJHg
O filósofo russo Aleksandr Dugin tem feito declarações bombásticas e polêmicas nas redes sociais nas últimas semanas. Do que se trata tudo isso?
O filósofo russo Aleksandr Dugin tem feito declarações bombásticas e polêmicas nas redes sociais nas últimas semanas. Do que se trata tudo isso?
24.02.202501:46
Alemanha: Nacionalismo avança, mas Blackrock leva
Era inevitável o colapso do governo Olaf Scholz e eu, inclusive, diria que ele demorou a chegar. Especialmente após a destruição do Nordstream e a demonstração de masoquismo servil do governo alemão, era previsível que o governo cairia assim que as consequências começassem a ser sentidas pelos trabalhadores e pelos empresários.
Foram, afinal, 2 anos seguidos de decrescimento econômico. O número de desempregados, por sua vez, alcançou o maior patamar em 10 anos, com a Volkswagen fechando 3 fábricas e o mesmo sendo feito por várias outras grandes empresas. Tudo por causa da disparada nos custos energéticos, causada pelas sanções e pela destruição do Nordstream.
Naturalmente, o cansaço alemão não é apenas (ou mesmo principalmente) econômico. O país vem de décadas de imigração irrestrita, com um consequente aumento na violência e na frequência de atentados terroristas. Mas mesmo onde não há violência há substituição demográfica, o que passou a ser notado pelos cidadãos do país.
Para piorar, a classe política e midiática prega abertamente a militarização da sociedade para lançá-la em um conflito inevitavelmente ruinoso contra a Rússia.
Com nova eleições gerais, portanto, já era esperado que os nacionalistas do AfD veriam avanços importantes. E, de fato, passaram de 10.5% para 20.8%, dobrando a fatia de apoio popular e praticamente dobrando os assentos no Bundestag.
Geograficamente, uma vez mais, nós temos nas eleições alemães o grande racha entre oeste e leste, com a Alemanha "Ocidental" votando em peso na CDU e a Alemanha "Oriental" votando em peso no AfD. Em algumas regiões, como a Saxônia, o AfD quase alcançou os 50% dos votos e mesmo quando se inclui Berlim na equação, o leste ainda preferiu o AfD mesmo à CDU.
A causa disso já expliquei incontáveis vezes: a Alemanha Ocidental passou pela reprogramação cultural do liberalismo, aprendendo que o patriotismo é ruim, que não há nada de especial na cultura alemã, que os alemães possuem uma "dívida eterna" por causa da Segunda Guerra Mundial, etc., enquanto na Alemanha Ocidental a propaganda "comunista" ia na direção diametralmente oposta: cultivava-se o patriotismo, celebrava-se a literatura e a música tradicionais e clássicas, enquanto a Segunda Guerra Mundial estava enterrada no passado e as novas gerações não eram nem responsáveis, nem endividadas por ela.
É evidente para qualquer um com pelo menos dois neurônios que o liberalismo é mais culturalmente e espiritualmente corrosivo que o comunismo, que apenas exige uma obediência formal. O liberalismo, por sua vez, pretende a formatação total do ser humano, o que é alcançado não pela propaganda óbvia, mas pela diluição do liberalismo na própria vivência quotidiana.
Pois bem, sociologicamente, ademais, a classe trabalhadora em peso votou no AfD. O partido nacionalista recebeu 37% dos votos das camadas mais pobres, enquanto recebeu apenas um pouco acima da média 22% dos jovens de 18-24. Nessa camada o Die Linke ainda tem ampla vantagem, principalmente pelo voto feminino.
Mas apesar do avanço do AfD ser um feito relevante - já que com mais de 150 deputados o partido poderá atuar como uma pedra no meio do caminho de qualquer coalizão governista (especialmente para propostas de emenda à Constituição), quem levou foi a CDU, da ex-chanceler Angela Merkel, agora sob a batuta de Friedrich Merz, que provavelmente será o novo chanceler da Alemanha.
Os alemães, assim, parecem querer insistir em alternar entre partidos que defendem o mesmo projeto, esperando que algo mude.
Merz foi por anos funcionário do escritório Mayer Brown, especializado em lobismo megacorporativo. Dali ele foi captado pela Blackrock, tornando-se o principal funcionário alemão do fundo globalista e um frequentador assíduo de Davos.
Nada, portanto, mudará no país mais importante da União Europeia. Mas se Scholz caiu é improvável que Merz consiga se manter de pé por muito tempo.
Era inevitável o colapso do governo Olaf Scholz e eu, inclusive, diria que ele demorou a chegar. Especialmente após a destruição do Nordstream e a demonstração de masoquismo servil do governo alemão, era previsível que o governo cairia assim que as consequências começassem a ser sentidas pelos trabalhadores e pelos empresários.
Foram, afinal, 2 anos seguidos de decrescimento econômico. O número de desempregados, por sua vez, alcançou o maior patamar em 10 anos, com a Volkswagen fechando 3 fábricas e o mesmo sendo feito por várias outras grandes empresas. Tudo por causa da disparada nos custos energéticos, causada pelas sanções e pela destruição do Nordstream.
Naturalmente, o cansaço alemão não é apenas (ou mesmo principalmente) econômico. O país vem de décadas de imigração irrestrita, com um consequente aumento na violência e na frequência de atentados terroristas. Mas mesmo onde não há violência há substituição demográfica, o que passou a ser notado pelos cidadãos do país.
Para piorar, a classe política e midiática prega abertamente a militarização da sociedade para lançá-la em um conflito inevitavelmente ruinoso contra a Rússia.
Com nova eleições gerais, portanto, já era esperado que os nacionalistas do AfD veriam avanços importantes. E, de fato, passaram de 10.5% para 20.8%, dobrando a fatia de apoio popular e praticamente dobrando os assentos no Bundestag.
Geograficamente, uma vez mais, nós temos nas eleições alemães o grande racha entre oeste e leste, com a Alemanha "Ocidental" votando em peso na CDU e a Alemanha "Oriental" votando em peso no AfD. Em algumas regiões, como a Saxônia, o AfD quase alcançou os 50% dos votos e mesmo quando se inclui Berlim na equação, o leste ainda preferiu o AfD mesmo à CDU.
A causa disso já expliquei incontáveis vezes: a Alemanha Ocidental passou pela reprogramação cultural do liberalismo, aprendendo que o patriotismo é ruim, que não há nada de especial na cultura alemã, que os alemães possuem uma "dívida eterna" por causa da Segunda Guerra Mundial, etc., enquanto na Alemanha Ocidental a propaganda "comunista" ia na direção diametralmente oposta: cultivava-se o patriotismo, celebrava-se a literatura e a música tradicionais e clássicas, enquanto a Segunda Guerra Mundial estava enterrada no passado e as novas gerações não eram nem responsáveis, nem endividadas por ela.
É evidente para qualquer um com pelo menos dois neurônios que o liberalismo é mais culturalmente e espiritualmente corrosivo que o comunismo, que apenas exige uma obediência formal. O liberalismo, por sua vez, pretende a formatação total do ser humano, o que é alcançado não pela propaganda óbvia, mas pela diluição do liberalismo na própria vivência quotidiana.
Pois bem, sociologicamente, ademais, a classe trabalhadora em peso votou no AfD. O partido nacionalista recebeu 37% dos votos das camadas mais pobres, enquanto recebeu apenas um pouco acima da média 22% dos jovens de 18-24. Nessa camada o Die Linke ainda tem ampla vantagem, principalmente pelo voto feminino.
Mas apesar do avanço do AfD ser um feito relevante - já que com mais de 150 deputados o partido poderá atuar como uma pedra no meio do caminho de qualquer coalizão governista (especialmente para propostas de emenda à Constituição), quem levou foi a CDU, da ex-chanceler Angela Merkel, agora sob a batuta de Friedrich Merz, que provavelmente será o novo chanceler da Alemanha.
Os alemães, assim, parecem querer insistir em alternar entre partidos que defendem o mesmo projeto, esperando que algo mude.
Merz foi por anos funcionário do escritório Mayer Brown, especializado em lobismo megacorporativo. Dali ele foi captado pela Blackrock, tornando-se o principal funcionário alemão do fundo globalista e um frequentador assíduo de Davos.
Nada, portanto, mudará no país mais importante da União Europeia. Mas se Scholz caiu é improvável que Merz consiga se manter de pé por muito tempo.
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22.02.202519:49
Leitura recomendada pra quem quer uma introdução simples ao pensamento do jurista alemão Carl Schmitt - essencial para a crítica do liberalismo.
21.02.202513:59
Terminei recentemente o Cobra Kai, uma boa série para passar o tempo. Não me recordo bem de boa parte do conteúdo, mas para uma série nascida de uma piada em um sitcom há alguns apontamentos interessantes a fazer.
A narrativa é uma "história de amadurecimento", mas com a peculiaridade de que o protagonista da narrativa é já um adulto de meia idade - que não obstante ainda se comporta como um adolescente. O âmago disso vai ficando mais claro aos poucos, e é mais pro final que nós percebemos a causa do desenvolvimento "interrompido" do Johnny Lawrence.
Me recordo que inicialmente achei a proposta do Cobra Kai interessante não apenas porque de fato o LaRusso tinha os seus problemas como protagonista no Karatê Kid, mas também porque a filosofia marcial do dojô do Kreese (herdado pelo Lawrence) representava um bom contraponto ativo à abordagem passiva do Miyagi. Em uma leitura guenoniana do Cobra Kai, é possível ver como a dualidade Cobra Kai/Miyagi-Dô representa bem as distinções entre Ocidente e Oriente, com o Ocidente marcado por uma pura agitação ativa e o Oriente caracterizado por um caráter mais contemplativo.
Não obstante, em uma abordagem mais evoliana da "ação", a violência guarda sua própria via de transcendência, desde que ela esteja integrada em uma perspectiva superior e seja conduzida asceticamente, e fiquei na expectativa de uma "redenção" da "via ativa" como representando a própria redenção do Lawrence.
Transferindo a moldura analítica para a "jornada do herói", vemos também que no Karatê Kid temos duas jornadas se chocando, com a de Lawrence interrompida no "nadir" do ciclo, no momento de maior dificuldade e atribulação (na descida ao submundo, no estômago da baleia, etc.), fundamentalmente porque seu mestre John Kreese foi um mau mestre que quis oferecer a ele um atalho ilusório e que, depois, o abandonou completamente quando ele, supostamente, "fracassou". Johnny Lawrence ficou preso por décadas neste exato momento de sua vida e não avançou um único passo até o início do desenrolar da história.
O interessante, porém, é que o percurso de cura e redenção de Lawrence se inicia com ele tendo que assumir a função de "mestre" para um outro jovem, sendo que ele próprio não havia cumprido a sua jornada. Nesse sentido, ao longo da série, ele vai sendo simultaneamente mestre e discípulo, e inclusive se vê tendo que enfrentar o seu próprio mestre e matá-lo simbolicamente no meio do caminho, o que finalmente o fez avançar um pouco mais em sua jornada. Conhecer a Carmen também o fez avançar em sua jornada precisamente pelo fato dela desempenhar no monomito o papel da Musa ou Deusa que através do seu amor eleva e fortifica o herói.
Tudo isso leva bastante tempo e se arrasta por temporadas até Lawrence forjar uma amizade com LaRusso. Essa amizade, ademais, possui um caráter peculiar por representar - já em outra moldura - a reintegração entre o yang desviado ou perdido com o yin, o que é simbolizado na unificação entre o dojô de Lawrence e o dojô de LaRusso. Que se trata de uma integração de Lawrence em LaRusso é demonstrado pelo fato de que o local de treinamento passa a ser o do Miyagi-Dô.
Essa integração fez algum bem para ambos na medida em que houve também uma fusão de princípios, mas a jornada de Lawrence não estaria completa se ele, ao final - e após "perdoar o pai/mestre" Kreese - não tivesse se separado novamente de LaRusso para reconstruir um Cobra Kai renovado e purificado, completando simultaneamente a própria jornada, ao ter a grande vitória que ele sempre mereceu (alcançando assim sua apoteose), e curando o "princípio ativo" após o mergulho nas águas escuras do "princípio passivo".
O drama adolescente da série não me interessou minimamente e penso que talvez a série pudesse ter sido encurtada, mas não obstante, enquanto entretenimento, é uma obra interessante que permite construir diversas análises construtivas.
A narrativa é uma "história de amadurecimento", mas com a peculiaridade de que o protagonista da narrativa é já um adulto de meia idade - que não obstante ainda se comporta como um adolescente. O âmago disso vai ficando mais claro aos poucos, e é mais pro final que nós percebemos a causa do desenvolvimento "interrompido" do Johnny Lawrence.
Me recordo que inicialmente achei a proposta do Cobra Kai interessante não apenas porque de fato o LaRusso tinha os seus problemas como protagonista no Karatê Kid, mas também porque a filosofia marcial do dojô do Kreese (herdado pelo Lawrence) representava um bom contraponto ativo à abordagem passiva do Miyagi. Em uma leitura guenoniana do Cobra Kai, é possível ver como a dualidade Cobra Kai/Miyagi-Dô representa bem as distinções entre Ocidente e Oriente, com o Ocidente marcado por uma pura agitação ativa e o Oriente caracterizado por um caráter mais contemplativo.
Não obstante, em uma abordagem mais evoliana da "ação", a violência guarda sua própria via de transcendência, desde que ela esteja integrada em uma perspectiva superior e seja conduzida asceticamente, e fiquei na expectativa de uma "redenção" da "via ativa" como representando a própria redenção do Lawrence.
Transferindo a moldura analítica para a "jornada do herói", vemos também que no Karatê Kid temos duas jornadas se chocando, com a de Lawrence interrompida no "nadir" do ciclo, no momento de maior dificuldade e atribulação (na descida ao submundo, no estômago da baleia, etc.), fundamentalmente porque seu mestre John Kreese foi um mau mestre que quis oferecer a ele um atalho ilusório e que, depois, o abandonou completamente quando ele, supostamente, "fracassou". Johnny Lawrence ficou preso por décadas neste exato momento de sua vida e não avançou um único passo até o início do desenrolar da história.
O interessante, porém, é que o percurso de cura e redenção de Lawrence se inicia com ele tendo que assumir a função de "mestre" para um outro jovem, sendo que ele próprio não havia cumprido a sua jornada. Nesse sentido, ao longo da série, ele vai sendo simultaneamente mestre e discípulo, e inclusive se vê tendo que enfrentar o seu próprio mestre e matá-lo simbolicamente no meio do caminho, o que finalmente o fez avançar um pouco mais em sua jornada. Conhecer a Carmen também o fez avançar em sua jornada precisamente pelo fato dela desempenhar no monomito o papel da Musa ou Deusa que através do seu amor eleva e fortifica o herói.
Tudo isso leva bastante tempo e se arrasta por temporadas até Lawrence forjar uma amizade com LaRusso. Essa amizade, ademais, possui um caráter peculiar por representar - já em outra moldura - a reintegração entre o yang desviado ou perdido com o yin, o que é simbolizado na unificação entre o dojô de Lawrence e o dojô de LaRusso. Que se trata de uma integração de Lawrence em LaRusso é demonstrado pelo fato de que o local de treinamento passa a ser o do Miyagi-Dô.
Essa integração fez algum bem para ambos na medida em que houve também uma fusão de princípios, mas a jornada de Lawrence não estaria completa se ele, ao final - e após "perdoar o pai/mestre" Kreese - não tivesse se separado novamente de LaRusso para reconstruir um Cobra Kai renovado e purificado, completando simultaneamente a própria jornada, ao ter a grande vitória que ele sempre mereceu (alcançando assim sua apoteose), e curando o "princípio ativo" após o mergulho nas águas escuras do "princípio passivo".
O drama adolescente da série não me interessou minimamente e penso que talvez a série pudesse ter sido encurtada, mas não obstante, enquanto entretenimento, é uma obra interessante que permite construir diversas análises construtivas.
20.02.202501:22
Paz na Ucrânia?
Nos últimos dias Donald Trump e Vladimir Putin conversaram por telefone, o que foi seguido por uma reunião em Riad entre Sergey Lavrov e Marco Rubio. A pauta, obviamente, só poderia ser a paz na Ucrânia.
Mantenho, porém, ceticismo em relação a esse objetivo, bem como em relação à conveniência de uma "paz" qualquer na Ucrânia. E, ainda assim, essa aproximação não deixa de ter aspectos completamente transformadores para nosso entendimento da ordem mundial.
Podemos começar pelo fato de que os EUA estão rompendo (ou, pelo menos, tensionando gravemente) a "Aliança Atlântica", base do projeto ocidental.
Contemporaneamente, tem sido comum para a maioria das pessoas atrelar América do Norte e Europa como parte de uma mesma civilização, dotada de uma mesma identidade cultural. Historicamente, porém, isso nunca fez sentido e uma ideia de "Ocidente" abarcando essas duas massas terrestres sempre foi bastante artificial e não encontraria respaldo nem nos Pais Fundadores dos EUA, nem nos principais pensadores europeístas.
Os "peregrinos" puritanos que fundaram os EUA percebiam a sua migração como uma "fuga do Egito" para fundar uma "nova Israel", uma "Terra Prometida". No messianismo fundacional estadunidense, a Europa é valorada de forma puramente negativa, como "Egito", "Babilônia" ou "Roma": tirânica, ímpia, idólatra, irracional, etc. É por isso que, apesar de inspirações iluministas ou mesmo elogios de Jefferson a Veneza, cada aspecto da construção dos EUA foi pensado em oposição à Europa: do modelo familiar à forma do Estado, passando pelos valores fundamentais.
A Aliança ou mesmo "unidade" EUA-Europa não é senão o resultado da Segunda Guerra Mundial, após um século XIX no qual os EUA fizeram tudo que estava em seu alcance para enfraquecer a Europa e dissolver os impérios europeus.
O problema dessa aliança no século XXI é o horizonte segundo o qual parece estar se reconfigurando o Nomos da Terra; com a ideia do "Grande Espaço" continental se sobrepondo a alianças mais abstratas. Para as potências, assume máxima importância tudo aquilo que está ao alcance - enquanto toda as paisagens longínquas afundam na indistinção e no esquecimento (Israel, para os EUA, ainda é exceção porque a relação entre ambos países é completamente anormal).
O que representa, então, a Ucrânia para os EUA hoje? Um buraco no qual os EUA estão afundando recursos em alcançar qualquer objetivo claro e enquanto problemas e oportunidades mais prementes aparecem no Canadá, na América Central, no Ártico e no Caribe. Pior: um "buraco" na zona de influência de uma outra grande potência engajada na reestruturação de seu Grande Espaço.
A Europa, aí, não representa nada. Ela não representa nada porque fracassou em todas as suas pretensões de unificação do século XIX até a Segunda Guerra Mundial, terminando com o continente dividido e fragmentado. A União Europeia é uma paródia e, pior, um apêndice da OTAN. Sem autonomia estratégica, ela não tem voz - e sua ausência de voz é acompanhada por uma total ausência de horizonte. As elites europeias prenderam-se em uma bolha, na qual elas lidam apenas com simulacros. É por isso que o discurso de Vance tanto as chocou, porque ele falou coisas que deveriam ser óbvias para os líderes europeus...mas não são.
Agora, diante dessas condições, a Europa só pode recuar e acatar as negociações russo-estadunidenses - para a quais não foi convidada - ou dobrar a aposta, tentando manter a Ucrânia de pé, mesmo que sem os EUA. Essa via é vista, por parte razoável da liderança europeia, como uma maneira de recuperar uma autonomia estratégica para a Europa...mas não em prol de qualquer projeto autenticamente europeu, e sim em prol do projeto globalista europeu.
Nos últimos dias Donald Trump e Vladimir Putin conversaram por telefone, o que foi seguido por uma reunião em Riad entre Sergey Lavrov e Marco Rubio. A pauta, obviamente, só poderia ser a paz na Ucrânia.
Mantenho, porém, ceticismo em relação a esse objetivo, bem como em relação à conveniência de uma "paz" qualquer na Ucrânia. E, ainda assim, essa aproximação não deixa de ter aspectos completamente transformadores para nosso entendimento da ordem mundial.
Podemos começar pelo fato de que os EUA estão rompendo (ou, pelo menos, tensionando gravemente) a "Aliança Atlântica", base do projeto ocidental.
Contemporaneamente, tem sido comum para a maioria das pessoas atrelar América do Norte e Europa como parte de uma mesma civilização, dotada de uma mesma identidade cultural. Historicamente, porém, isso nunca fez sentido e uma ideia de "Ocidente" abarcando essas duas massas terrestres sempre foi bastante artificial e não encontraria respaldo nem nos Pais Fundadores dos EUA, nem nos principais pensadores europeístas.
Os "peregrinos" puritanos que fundaram os EUA percebiam a sua migração como uma "fuga do Egito" para fundar uma "nova Israel", uma "Terra Prometida". No messianismo fundacional estadunidense, a Europa é valorada de forma puramente negativa, como "Egito", "Babilônia" ou "Roma": tirânica, ímpia, idólatra, irracional, etc. É por isso que, apesar de inspirações iluministas ou mesmo elogios de Jefferson a Veneza, cada aspecto da construção dos EUA foi pensado em oposição à Europa: do modelo familiar à forma do Estado, passando pelos valores fundamentais.
A Aliança ou mesmo "unidade" EUA-Europa não é senão o resultado da Segunda Guerra Mundial, após um século XIX no qual os EUA fizeram tudo que estava em seu alcance para enfraquecer a Europa e dissolver os impérios europeus.
O problema dessa aliança no século XXI é o horizonte segundo o qual parece estar se reconfigurando o Nomos da Terra; com a ideia do "Grande Espaço" continental se sobrepondo a alianças mais abstratas. Para as potências, assume máxima importância tudo aquilo que está ao alcance - enquanto toda as paisagens longínquas afundam na indistinção e no esquecimento (Israel, para os EUA, ainda é exceção porque a relação entre ambos países é completamente anormal).
O que representa, então, a Ucrânia para os EUA hoje? Um buraco no qual os EUA estão afundando recursos em alcançar qualquer objetivo claro e enquanto problemas e oportunidades mais prementes aparecem no Canadá, na América Central, no Ártico e no Caribe. Pior: um "buraco" na zona de influência de uma outra grande potência engajada na reestruturação de seu Grande Espaço.
A Europa, aí, não representa nada. Ela não representa nada porque fracassou em todas as suas pretensões de unificação do século XIX até a Segunda Guerra Mundial, terminando com o continente dividido e fragmentado. A União Europeia é uma paródia e, pior, um apêndice da OTAN. Sem autonomia estratégica, ela não tem voz - e sua ausência de voz é acompanhada por uma total ausência de horizonte. As elites europeias prenderam-se em uma bolha, na qual elas lidam apenas com simulacros. É por isso que o discurso de Vance tanto as chocou, porque ele falou coisas que deveriam ser óbvias para os líderes europeus...mas não são.
Agora, diante dessas condições, a Europa só pode recuar e acatar as negociações russo-estadunidenses - para a quais não foi convidada - ou dobrar a aposta, tentando manter a Ucrânia de pé, mesmo que sem os EUA. Essa via é vista, por parte razoável da liderança europeia, como uma maneira de recuperar uma autonomia estratégica para a Europa...mas não em prol de qualquer projeto autenticamente europeu, e sim em prol do projeto globalista europeu.
19.02.202500:04
https://youtube.com/live/HYgn6Xa-E2M
Etarei em alguns minutos no Geoforça com Rubem Gonzalez e Carlos Velasco
Etarei em alguns minutos no Geoforça com Rubem Gonzalez e Carlos Velasco
18.02.202502:11
Kosovo é Sérvia
Há 17 anos cumpriu-se o objetivo há muito almejado pelo Ocidente de separar a província do Kosovo da Sérvia, transformando-a em um "país independente". Isso se deu sob o beneplácito da ONU, palco no qual o pretenso "direito de autodeterminação dos povos" foi instrumentalizado para uma das maiores usurpações territoriais da história recente.
Fala-se no "direito de autodeterminação dos povos" como um corolário de uma ordem de nações soberanas, ou mesmo como um princípio de "nacionalismo". Na prática, porém, o que esse "direito" propõe é que qualquer população que seja majoritária em um determinado território em qualquer momento pode fazer o que quiser com ele.
Trata-se, portanto, de uma negação da história em prol da conveniência política. E é assim que se explica como todos acham razoável que um "referendo" tenha dado a albaneses controle sobre um dos mais importantes territórios da Sérvia histórica.
De fato, o Kosovo já chegou a ser sede de um Patriarcado Ortodoxo. A província, ademais, só se tornou majoritariamente albanesa no início do século XX. Até então, por pelo menos mil anos, a região foi de maioria sérvia. Imaginem o cenário, qualquer grupo étnico estrangeiro começa a migrar para algum estado brasileiro em massa. Eventualmente, alcançam o 51% da população...e então apelam ao "princípio da autodeterminação" e, simplesmente, declaram independência.
Para piorar, tudo isso se deu sob ocupação de "forças de paz" da ONU, a mesma ONU que deveria salvaguardar a inviolabilidade das fronteiras e o princípio da soberania. Na prática, porém, a OTAN atuou como a força aérea da organização terrorista e narcotraficante "Exército de Libertação do Kosovo", bombardeando a Sérvia para impedir seu governo de reprimir a atividades terroristas do ELK e obrigando-o a aceitar a ocupação do Kosovo por "forças de paz".
Toda essa sanha contra a Iugoslávia, que continuou nos anos seguintes, talvez possa ser resumida no fato de que a Iugoslávia permaneceu um dos poucos aliados da Rússia após a Guerra Fria. A Sérvia era vista como uma "cunha" da Rússia praticamente na Europa Central, razão pela qual não se poderia permitir que seu território permanecesse intacto - daí, se fomentou a sua desintegração.
Hoje, além das atividades criminosas típicas, o narcogoverno do Kosovo segue tentando completar a limpeza étnica de sérvios em seu próprio território.
Para o Brasil, aliás, não existe Kosovo e a entidade que se apresenta como governo naquela região o faz ilegalmente. O Brasil assumiu essa posição precisamente por entender a gravidade de simplesmente se forçar a separação de um determinado território com base em engenharia demográfica migratória - com aprovação da ONU e a OTAN atuando como garantidora.
Finalmente, esperamos pela ressurreição do povo sérvio e a reconquista do Kosovo.
Kosovo je Srbija!
Há 17 anos cumpriu-se o objetivo há muito almejado pelo Ocidente de separar a província do Kosovo da Sérvia, transformando-a em um "país independente". Isso se deu sob o beneplácito da ONU, palco no qual o pretenso "direito de autodeterminação dos povos" foi instrumentalizado para uma das maiores usurpações territoriais da história recente.
Fala-se no "direito de autodeterminação dos povos" como um corolário de uma ordem de nações soberanas, ou mesmo como um princípio de "nacionalismo". Na prática, porém, o que esse "direito" propõe é que qualquer população que seja majoritária em um determinado território em qualquer momento pode fazer o que quiser com ele.
Trata-se, portanto, de uma negação da história em prol da conveniência política. E é assim que se explica como todos acham razoável que um "referendo" tenha dado a albaneses controle sobre um dos mais importantes territórios da Sérvia histórica.
De fato, o Kosovo já chegou a ser sede de um Patriarcado Ortodoxo. A província, ademais, só se tornou majoritariamente albanesa no início do século XX. Até então, por pelo menos mil anos, a região foi de maioria sérvia. Imaginem o cenário, qualquer grupo étnico estrangeiro começa a migrar para algum estado brasileiro em massa. Eventualmente, alcançam o 51% da população...e então apelam ao "princípio da autodeterminação" e, simplesmente, declaram independência.
Para piorar, tudo isso se deu sob ocupação de "forças de paz" da ONU, a mesma ONU que deveria salvaguardar a inviolabilidade das fronteiras e o princípio da soberania. Na prática, porém, a OTAN atuou como a força aérea da organização terrorista e narcotraficante "Exército de Libertação do Kosovo", bombardeando a Sérvia para impedir seu governo de reprimir a atividades terroristas do ELK e obrigando-o a aceitar a ocupação do Kosovo por "forças de paz".
Toda essa sanha contra a Iugoslávia, que continuou nos anos seguintes, talvez possa ser resumida no fato de que a Iugoslávia permaneceu um dos poucos aliados da Rússia após a Guerra Fria. A Sérvia era vista como uma "cunha" da Rússia praticamente na Europa Central, razão pela qual não se poderia permitir que seu território permanecesse intacto - daí, se fomentou a sua desintegração.
Hoje, além das atividades criminosas típicas, o narcogoverno do Kosovo segue tentando completar a limpeza étnica de sérvios em seu próprio território.
Para o Brasil, aliás, não existe Kosovo e a entidade que se apresenta como governo naquela região o faz ilegalmente. O Brasil assumiu essa posição precisamente por entender a gravidade de simplesmente se forçar a separação de um determinado território com base em engenharia demográfica migratória - com aprovação da ONU e a OTAN atuando como garantidora.
Finalmente, esperamos pela ressurreição do povo sérvio e a reconquista do Kosovo.
Kosovo je Srbija!
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