𝑬𝒄𝒐𝒔 𝒅𝒂 𝑨𝒍𝒎𝒂

Na Odisséia, de Homero, entre os inúmeros perigos que esperavam Ulisses em sua viagem de volta para casa depois da guerra de Troia, o pior eram as sirenas, criaturas metade-mulher, metade-passáro, cuja canções encantadas atraíam marinheiros para morte nos penhascos rochosos de ilhas próximas.
A única maneira de um marinheiro passar a salvo pelas sirenas era não as ouvir cantar. Ulisses ordenou que sua tripulação pusesse cera de abelha nos ouvidos e os amarrassem ao mastro do veleiro, prendendo-o ainda com mais força se ele implorasse para ser solto.

Ora, ante a vida, há duas atitudes
profundas, radicais, discriminadoras de destinos opostos: ou amamos a verdade
acima de tudo e investigamo-la com sinceridade absoluta, para realizá-la a preço de todos os sacrifícios, ou amamos a nós mais que a verdade e o fumo desta paixão desordenada perturba a serenidade da visão intelectual que deveria orientar e salvar.

⁠“Procurai os santos do protestantismo em quatro séculos de existência, inquiri o heroísmo dos seus filhos, investigai os verdadeiros milagres que são a assinatura de Deus; não encontrareis sob este título, senão páginas em branco”.

“O que torna as pessoas sociáveis é a sua incapacidade de suportar a solidão e, nela, a si mesmos.”