O brasileiro, em especial, cai em golpes que misturam religião, autoajuda e marketing e isso acontece por um conjunto de fatores culturais, sociais eeeeeeee emocionais.
Desde cedo, o brasileiro é exposto à lógica do “esperto vence”, do famoso "he he levei vantagem", da cultura quilingue. Valoriza quem “se dá bem”, mesmo que seja às custas dos outros. Essa mentalidade normaliza o engano e torna o povo vulnerável a quem promete atalhos, seja pra ganhar dinheiro ou pra ganhar o céu.
Vale destacar que grande parte da população não foi ensinada a questionar promessas milagrosas. Falta base filosófica, teológica e lógica.
O que emociona convence mais do que o que é coerente.
A crise na Igreja, nas universidades e até no Estado (pois é) abre espaço para esses “gurus” e influencers digitais.
O brasileiro vê o impostor como alguém “como ele”, "gente como a gente", bondoso, sábio e o verdadeiro como arrogante e agressivo.
Esses vendedores digitais dominam gatilhos mentais, usam linguagem emocional, usam o medo e misturam fé com negócio. Não há a menor dúvida disso. E mesmo assim, muitas pessoas caem nesse golpinho.
O desejo de resolver tudo rápido e sem esforço, a pouca paciência para processos longos e cansativos, muita pressa para alcançar sucesso, cura, intelectualidade, salvação, são problemas que notamos nessas pessoas que acreditam em tudo que está na internet. E desconfia de quem tenta abrir seus olhos.
O "espertão" sempre oferece um atalho, por isso é tão sedutor.