Hipólito Antônio Ribeiro – "O Guerreiro Vencedor de Inhanduí"
Hipólito Antônio Ribeiro serviu como soldado na Guerra dos Farrapos. Após a pacificação, ingressou voluntariamente no Exército. Quando alcançou o posto de capitão, pediu demissão e passou a integrar a Guarda Nacional, residindo por muitos anos em Uruguaiana.
Quando o Império interveio na República Oriental do Uruguai em favor de Venâncio Flores, o General Antônio de Souza Neto (Zeca Neto), que ali residia, organizou uma Brigada de Cavalaria Ligeira. Ele confiou a Hipólito o comando de um dos corpos dessa brigada, que participou da tomada de Paysandú.
Após o término da campanha, Hipólito seguiu à frente dessa força como vanguarda do Exército comandado por Osório, que marchava rumo ao Paraguai para a Guerra da Tríplice Aliança. Nessa campanha, Hipólito atuou como major e, ao fim da guerra, retornou com o título de brigadeiro honorário do Exército, sendo reconhecido como um dos "melhores chefes de cavalaria", conforme escreveu Dante de Laytano na obra Revoluções e Caudilhos, de Arthur Ferreira Filho (2ª edição).
Inicialmente, esteve sob o comando do General Neto, lutando posteriormente ao lado do General Andrade Neves, conhecido como “O Vanguardeiro”.
Hipólito participou dos principais combates da guerra, como Tuiuti, Avaí, Lomas Valentinas, entre outros, sendo diversas vezes citado em Ordens do Dia do Comando em Chefe.
Com o término da Guerra do Paraguai, e a morte de Francisco Solano López em Cerro Corá, em 1º de março de 1870, o Governo Imperial o distinguiu com o posto de brigadeiro honorário do Exército.
Durante a Revolução Federalista de 1893, no Rio Grande do Sul, Hipólito organizou em Uruguaiana uma divisão composta por tropas do Exército, da Guarda Nacional e por civis, batizada de "Divisão do Exército". Antes do fim da revolução, recebeu do Governo Republicano as honras de general de divisão.
Faleceu em 1904, deixando três filhos: Ismael Osório, Hipólito Ribeiro Filho e Annita Ribeiro Menna Barreto.