O Investimento em proporção do PIB passou de 6,6% em 1932 para 13,8% em 1940, diferença de oito anos;
Enquanto se viu a queda da exportação do café e do açúcar na época, elevou-se a exportação de produtos manufaturados, mesmo que em menor escala do que nos anos posteriores (principalmente na Ditadura Militar de 1964-1985).
Durante a Segunda Guerra Mundial, Getúlio Vargas deu um olhar mais atento à Amazônia brasileira, nacionalizando diversas companhias estrangeiras de eletricidade, navegação marítima, telegráfica, saneamento, bancos e até firmas de látex na região (como nos mostram o segundo mapa). Nacionalizou também as ferrovias brasileiras, divididas entre empresários ingleses e estadunidenses;
Pode-se observar que o Brasil crescera e expandira enormemente sua economia nesse período de 15 anos, de 1930, um ano posterior à grande depressão de 1929; até 1945, mais ou menos um mês depois do fim da Segunda Guerra Mundial, com a derrota das potências do Eixo (Alemanha Nazista, Itália e Império Japonês).
No final de Outubro de 1945, Getúlio renuncia à presidência pela pressão de generais do exército; volta em cena na presidência em 1951, com a vitória nas urnas em 1950.
Desta vez, eleito democraticamente e com um menor tempo de mandato presidencial, Getúlio Vargas irá trabalhar na:
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-1952: Criação do BNDE (atual BNDES), visando o desenvolvimento econômico e social em projetos de longo prazo;
-1952: Criação do Banco do Nordeste, facilitando o acesso ao crédito para nordestinos;
-1953: Criação da Petrobrás, a mais importante invenção de Getúlio Vargas, possuindo o monopólio da extração, refino e transporte marítimo/terrestre do petróleo brasileiro, sem interferência estrangeira;
-1953: Criação da SPVEA;
-1953: Criação do Ministério da Saúde;
-1954: Início da operação da Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso, no nordeste, operada pela Chesf;
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Em um período curtíssimo de 1951 até 1954, a economia brasileira (PIB) crescerá em média 6,7% ao ano; mais do que em 1930-1945 (4,0% a.a). O pico se observou em 1954: 7,8%!
A Indústria de Transformação crescera incríveis 8,4% de 1950 para 1954;
Indústria de Construção cresce em média 9% ao ano no período;
A Taxa de Investimento em proporção/PIB se eleva de 12,8% em 1950 para 15,8% em 1954;
A Indústria em proporção/PIB passa de 19,3% (1950) para 20,8% em 1954, com a Agricultura mantendo-se relativamente estável (em torno de 25% do PIB na época).
Pela enorme pressão sindical da classe operária brasileira, o Salário mínimo passa (na época era o Cruzeiro, estou convertendo para o Real) de R$ 325 em 1950 para R$ 1.109 em 1954; aumento de 100%, como foi proposto por João Goulart, o “Jango”, para evitar o crescimento da inflação da época, que tinha diversas causas estruturais.
Infelizmente, observa-se mais no final do 2° governo vargas a enorme pressão da UDN de Carlos Lacerda (testa de ferro dos EUA) e também dos militares, além de profissionais liberais, um descontentamento com Getúlio Vargas, pai dos pobres, nacionalista, sempre em defesa da classe trabalhadora contra a agiotagem financeira internacional e lesa-pátria, e entreguista; no dia 24 de Agosto de 1954, Getúlio escreve sua carta-testamento, denunciando a pressão interna e também externa da UDN e dos EUA contra o mesmo; além de deixar bem claro que sempre batalhou pela causa trabalhadora e social, evitando que esta fosse explorada por banqueiros brasileiros ou até mesmo estrangeiros. Ao final da carta, Getúlio comete suicídio com um tiro no coração em seu quarto, no palácio do catete, no Rio de Janeiro, capital federal do Brasil à época. Isso foi para evitar um golpe militar que já estava em andamento bem antes do suicídio de Vargas, e também uma guerra civil no país.